"Caminhante"

"Caminhante não existe um caminho, faz-se caminho ao caminhar"
(Provérbio Sufi)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Descobri ser um "Idólatra"

IDÓLATRA



Nesta consciência em busca da verdade,
Palavras soltas ao vento,
Certa razão.
De um ser que se faz em acontecimentos,
Momentos restritos,
Imersos nesta limitação,
Um papel,
Experimentos,
Alguns escritos,
Expressos sentimentos,
Pensamentos,
Lembranças,
Em busca de perfeição.

Contemplando consigo mesmo,
O tempo passando de momento a momento,
Neste mais vil empreendimento,
De querer criar com suas verdades,
Um templo pessoal,
Deste sábio irreal,
Complexo acidental de um idólatra,
Perdido em sua vã escritura,
Que se reformula,
Neste poema incidental.

Desperta idólatra,
Reafirme tua condição,
Um experimentador da verdade,
Vislumbrando nesta alegoria,
Uma nova sensação.
De um ser insignificante,
Vivenciando,
A mais pura realização,


Di

Então neste caminho, era evidente o encontro com Eva-Mulher...


PARAISO PERDIDO


Lá estava em toda sua grandeza natural,
Sem conhecer nenhum mal,
De uma beleza primaveril,
Algo que homem nenhum nunca viu.
Tentou violar.
Contaminar.
E não conseguiu.

De tempos em tempos Deus ali repousava,
Acalentando sonhos de sublimidade,
De equilíbrio entre o amor e a razão.
Este era um Templo Sagrado.
Este era também um Templo de Profanização.

E no coração que ali habitava,
Deus em sua infinita bondade com carinho contemplou,
Uma beleza tão rara.
Desejos tão puros.
Que este coração tão seguro,
Com determinação e mudanças,
Em Teu doce íntimo, sublimidade alcançou.

E neste ser agora tão amado.
Fruto do mais inebriante pecado,
Que este vivente pôde procurar,
Um “Paraíso Perdido”.
Num coração destemido,
Que pôde enfim encontrar.

Deus “Todo Poderoso”.
Em Sua infinita bondade,
Com todo o Seu amor,
Filho querido acariciou.
Conhecendo muito bem Seu fruto.
Que do “Paraíso Perdido”,
Nobre Anjo,
Expulsou.

E neste instante sublime,
Quero dizer desta verdadeira razão:
Foi neste coração,
Que eu compreendi o amor,
Conheci este Deus,
Encontrei minha mais completa realização.


Di

Quando descobri a Deusa...

Deusa Mulher


Deusa Mãe,
Eis teu filho bem amado.
Contemplando neste momento de criação,
A existência da vida,
Uma existência sagrada,
Feito pura razão.

Mãe,
Este teu filho abençoado,
Encontra em Tua concepção,
A própria verdade realizada,
Nesta matéria exalada,
Decompondo-se nesta petição.

Mãe sagrada,
Teu filho querido,
Compreende um deus simbolizando o poder,
A realidade interagindo nesta sensação,
De um filho destemido,
Que afrontou o masculino sentido,
Preencheu de amor um coração bandido,
Conhecendo a Deusa Mulher,
Nesta reflexão.

Semente pulsante...,
Maçã, tentação, pecado, expulsão...
De um Pai Temido,
Necessitando de um ventre querido,
Que transforma impureza em amor,
Sutileza em matéria,
Eva em mulher,
Vida em realização.

Este novo ser,
Filho sagrado,
Entendendo de onde vem este falso pecado,
Por uma pureza consagrada apenas a um deus egoísta,
Parindo um filho negado.
Um ser débil e censurado,
Neste pecado original,
Que a Mãe sempre trás,
Em teu doce ventre,
Terra fecunda,
Fecundo legado.

Vê este Pai mal compreendido,
Com direito de expressar a mais simples verdade:
Um Pai fértil e fecundante,
Germinando Mãe “Gaia” borbulhante,
Em teus Filhos humildes,
Que no “Jardim do Éden” demonstraram Sua pureza realizada.


A Mãe,
O Pai,
E o Filho ungido,
Um conjunto harmonioso,
Que encontrou um ideal,
Viver sem nenhum mal,
O desejo,
O prazer,
E o amor,
Sem medo,
Nem dor,
Neste instante final.

Di